Cine Caatinga – Experiências Audiovisuais no Sertão do Brasil | Funarte

Cine Caatinga – Experiências Audiovisuais no Sertão do Brasil | Funarte

Comunidade rural recebe pela primeira vez um filme na praça.

Financiado pelo Ministério da Cultura/Funarte o projeto levou o audiovisual para mais de 650 pessoas em comunidades de difícil acesso no Sertão baiano, como o povoado de Lagoa do Alegre e o de Caraíbas, do lado pernambucano. Em alguns lugares não havia água encanada, nem energia elétrica e por isso alguns dos moradores tinham assistido a uma sessão de cinema, quiçá participado de alguma produção.

Três vezes inédito: um filme na comunidade; a comunidade produzindo; e se vendo pela primeira vez na telona.

Em conjunto com o Cine Caatinga, o projeto deu origem ao curta metragem “Ser Tão Avoador” – premiado nacionalmente e em exibição no Canal Brail e SescTV – contando com o elenco das comunidades em meio aos atores profissionais – a protagonista é a Manuella Markes, pertencente a Lagoa do Alegre. Entre público espectador, alunos das oficinas, comunitários engajados na produção e distribuição, foram mais de 1200 pessoas direta e indiretamente atendidas pelos projetos nos estados da Bahia, Pernambuco e Piaui.

O Cine Caatinga foi desenvolvido pelo jornalista e cineasta Wllyssys Wolfgang, que também produziu mais dois curtas-metragens nas comunidades: “Lagoa do Alegre” e “Conceição: Vida e Verso”.

O projeto Cine Caatinga busca difundir e estimular a produção no semiárido brasileiro, ao passo que também busca conscientizar para a preservação deste bioma único no mundo.

CONTINUIDADE

A segunda edição do “Cine Caatinga – Experiências Audiovisuais no Sertão” conta com o apoio do realizador Thiago da Rocha, que também é coordenador do projeto de artes integradas “Grafias da Caatinga – da xilogravura à fotografia”, aprovado no Edital Setoriais 2019 – Culturas Identitárias.

O formato de realização permanece com a sua realização na zona rural de Casa Nova(BA) com o intuito de beneficiar jovens e adultos do território do Sertão do São Francisco, ao mesmo tempo que permite a geração de renda para profissionais e estreantes da área.

OFICINAS e EXIBIÇÕES

O projeto deve oferecer sete oficinas audiovisuais voltadas para a capacitação e/ou formação de 140 profissionais ou estreantes, perpassando pelos eixos “roteiro”, “direção audiovisual”, “direção de fotografia”, “trilha sonora”, “produção executiva”, “legislação, financiamento e negócios” e “produção e filmagem.” Como resultado, espera-se a produção de três curtas-metragens.

O projeto prevê também a criação de uma plataforma online para a exibição dos resultados do projeto e a divulgação de produções realizadas no bioma da caatinga, como forma de difundir e estimular a produção nessa região, ao passo que também levantará questões de preservação, haja vista a degradação que o bioma sofre atualmente.